O mundo virtual a três dimensões Second Life (SL) é muito mais do que um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role Playing Game) ou uma simples brincadeira de crianças – aliás, nem sequer são permitidos registos de menores de 18 anos e é de todo recomendável que cada residente possua o seu próprio cartão de crédito (real!).
Ao longo do último ano, o SL ganhou uma impressionante projecção mediática e é cada vez mais olhado como um potencial novo modelo de negócio, uma extraordinária nova plataforma para promover ou vender produtos e serviços.
Este mundo paralelo não pára de crescer e, no último mês de 2006, totalizava já 1.6 milhões de utilizadores registados e uma economia virtual galopante que garante já lucros bem reais a milhares de utilizadores.
Refira-se que moeda de troca usada no SL, o Linden Dollar (assim chamado em honra da empresa criadora do jogo, a Linden Labs), tem uma correspondência oficial à real
(270 Linden Dollars valem 1 Dólar Americano) e que até já existe uma Bolsa de Valores SL (a Metaverse Stock Exchange) que permite aos habitantes transaccionarem tÃtulos e acções como se estivessem em Wall Street.
Na verdade, existe já um pouco de tudo no SL e muito do que existe toca os limites da ilegalidade.
�reas de acesso a jogos de casino e pornografia são presenças permanentes no mapa de destinos mais visitados do SL.
Mas também há retiros espirituais, bibliotecas, igrejas, grupos de apoio a doentes com cancro, clÃnicas de fertilidade, cafés, restaurantes e ginásios – locais virtuais onde os habitantes do SL se encontram dentro de um espÃrito de comunidade bem real.
E era inevitável que, chegada a esta fase de maturação, o SL começasse a despertar mais do que a mera curiosidade aos executivos das grandes empresas do mundo real.
O ano que agora passou foi pródigo em anúncios de migração de marcas para a realidade virtual.
Alguns exemplos: a BBC aluga uma ilha no SL e aà organiza um concerto virtual no inÃcio de 2006, a cantora Suzanne Vega actua em directo no SL, os Duran Duran anunciam que já criaram avatars e também querem começar a actuar no SL, a agência de informação internacional Reuters destaca o jornalista Adam Pasick como correspondente do SL, o banco norte-americano Wells Fargo compra uma ilha no SL, a Toyota revela que quer começar a disponibilizar os novos modelos de automóveis aos residentes do SL, a Vodafone quer dar telemóveis aos habitantes do SL, a Adidas quer calçá-los, a Sony quer distribuir-lhes música e até um dos possÃveis candidatos a ser o próximo Presidente dos EUA, Mark Warner, promove fóruns de debate em directo no SL. www.secondlife.com